A última prova do ENEM tem tido espaço na mídia por conta das confusões em torno do gabarito. Mas, um amigo me chamou a atenção para um outro motivo para discussão, que dificilmente alcançaria a mesma repercussão na mídia; uma situação que evidencia de forma clara como um conteúdo de natureza ideólógica é contrabandeado para o sistema de ensino de nossos alunos de forma sutil, compulsória, mas muito agressiva. Trata-se da questão número 30.
Nesta questão, o aluno é requisitado a responder sobre as causas da “homofobia” no país. A prova oferece um enunciado que logo de cara evidencia a tendenciosidade em torno do tema. Bastaria dizer que o próprio termo “homofobia” já é carregado de ranço ideológico, uma vez que o sufixo -fobia pretende associar a idéia de patologia a toda crítica feita contra qualquer prática homossexual. Ou em outras palavras, uma pessoa só poderia exercer algum tipo de opinião contrária à prática homossexual se for carregado de algum desvio doentio.
O texto do enunciado segue essa política ideológica, afirmando que “homofobia” seria “a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro”. Rejeição. Simples e pragmática assim, sem nenhuma possibilidade de discussão. Questionar o assunto, é ser homofóbico, para os doutrinadores do ENEM.
Não bastasse isso, na intenção de “comprovar” a gravidade da violência “homofóbica”, o enunciado estende-se apresentando estatísticas sobre crimes de ódio contra homossexuais, números que na melhor das hipóteses não podem ser tomados como confiáveis. A própria fonte destes números reconhece que não há estatísticas oficiais para crimes de ódio e que os dados são coletados da mídia. Os números apresentados, portanto, limitam-se, se tanto, a indicar as mortes violentas cometidas contra homossexuais, sem uma análise séria sobre quantas foram realmente por ódio, ou mesmo por conta da condição homossexual da vítima em circunstâncias que não a de ódio, como por exemplo, crimes ligados a prostituição.
No fim de toda essa pressão ideológica despejada fartamente, o aluno depara-se com cinco alternativas que em maior ou menor grau, o obrigam a comprometer-se com essa definição parcial e tendenciosa da realidade.
Caso contrário o infeliz candidato é punido com a uma desqualificação de sua resposta.
Um artigo mais amplo e devidamente embasado sobre as fraudes do ENEM.
http://quebrandooencantodoneoateismo.wordpress.com/2010/11/07/vigarices-educacionais-a-farsa-do-homocausto-na-prova-do-enem-ou-ainda-mais-marxismo-cultural-em-provas-pblicas-parte-i/
Além disso, deixo a seguinte ideia: antes de querermos usar as leis, o bom senso e a coerência para mudar a realidade à nossa volta, deveríamos usá-las para mudar a nós mesmos, e não burlá-las. Se as burlamos, tentando justificar o burlar com base em desejos pessoais, e as usamos contra os desejos pessoais de outros, entramos em paralaxe cognitiva e cuspimos para cima.
http://quebrandooencantodoneoateismo.wordpress.com/2010/11/11/o-que-paralaxe-cognitiva-e-como-identific-la
É triste ver a que ponto chegamos. Ver que a inversão de valores morais chegou aum ponto quase extremo ( quase porque a situação ainda promete ser pior se continuar assim ).
A mídia de modo geral tem dado ênfase a mostrar que ser homossexual é algo “natural”, “comum” e que exige respeito. A mídia tem justamente defendido o avesso do que a natureza do homem manda, da união saudável entre homens e mulheres. Tudo em nome de um modismo, se é que se pode chamar isso de simples modismo. Os adolescentes ficam perdidos ( os que não tem discernimento cristão ) e com certeza acabam chegando a conclusão que não há nada de mau em se compactuar com a prática da homosexualidade, tanto quanto o direito cristão de discordar desta mesma prática é atacado ferozmente, praticamente dilaceradona primeira manifestação perante a militancia gay.
Confesso que tenho medo de ter um filho (se assim Deus quiser ) nu mundo como esse, que caminha rumo ao abismo moral. Será que dizer que se é “heterossexual ” no futuro, como ponto de referência moral, vai se tornar uma atitude “quadrada”? :\
Fica muito difícil , poder dizer o que é pior nessa história toda.
Estamos diante de um colapso, educacional, ético e moral.