Caridade com bolso alheio

caridade com bolso alheioVejo a mídia cair matando em cima dos jogadores do santos que não quiseram associar sua imagem com uma religião que não é aquela que eles professam.

Acontece o seguinte. Ninguém é obrigado a fazer o que não quer.
O jogador tem o compromisso de jogar por seu clube. Fazer social de qualquer ordem, é facultativo.
Ninguém é obrigado a fazer o que não quer por conta do que irão pensar, fazer média, ou para evitar constrangimentos e saias-justas. Nessa hora é preciso ter é muita firmeza de caráter para sustentar suas convicções. Bem-aventurados os homens de caráter.

Palhaçada mesmo é usar esse episódio para bombar blogs e programas de tevê, ou para alimentar as demagogias de “guerra santa”.
Nessa hora os adeptos do “não julgueis” estão todos de férias.

Os que se dizem arautos da boa vontade aproveitam seus canais para faturar em cima do episódio destilando sua intolerância com a liberdade de opinião e crença alheia em nome da “caridade”.
Mas na verdade são eles os intolerantes. Com qualquer opinião que não se coadune com a deles.

Religião é questão de consciência e de foro muito, muito íntimo. E deve ser tratada com muita responsabilidade para não se ultrapassar os limites do direito individual.

Tentar fazer “caridade” com a imagem alheia, à força, ou com subterfúgios, é uma atitude mau-caráter ou no mínimo pobreza de espírito (aí sim) , assim como explorar esse episódio para condenar a atitude de quem preferiu não participar do showzinho.

(Sim, showzinho, porque diz-se por aí que caridade não se faz para as câmeras. Ou se faz?)

Comentários

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Um comentário sobre “Caridade com bolso alheio

  1. Interessante tudo isso.

    Há pouco tempo a polêmica era sobre Kaká levantar a camisa e mostrar frases que demonstravam seu amor e respeito a Cristo.

    Pra muitos a demonstração de fé dos jogadores não pode ser assim tão evidenciada.

    Mas e agora, nesse caso em especial, será que se eles estivessem doando para uma igreja evangélica, a critica seria a mesma?

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