Quando eu estava na escola, Lourenço Diaféria sempre foi presença garantida nas minhas lições de casa de Português. Na ocasião eu nem fazia idéia que ele chegou a ser preso por causa de coisas que escreveu.
Foi por causa da crônica “Herói. Morto. Nós.”, uma homenagem a um certo sargento Sílvio, que morreu salvando um garoto que havia caído numa jaula com ariranhas. Por algum motivo os militares se ofenderam com o texto e o levaram em cana.
E agora, por causa do falecimento dele, me deparo com o tal texto, publicado em 1977 e vejo, no desfecho algo que me parece bastante pertinente e atual:
Podíamos ter estendido nossas mãos e te arrancando do fosso das ariranhas – como você tirou o menino de catorze anos – mas queríamos que alguém fizesse o gesto de solidariedade em nosso lugar.
Sempre é assim: o herói e o santo é o que estende as mãos.
O texto completo está em “Tudo sobre a Folha“
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